Marcio Scavone nasceu em São Paulo em 1952. De seu pai, escritor e fotógrafo amador, recebe o “poder da observação”. Aos 12 anos de idade descobre sua primeira ferramenta, a câmera Rolleiflex de seu pai.
Em Londres na década de 70 estuda fotografia na Ealing Technical College, e participa dos workshops  de David Bailey, Arnold Newman e Sam Haskins.
À partir dos anos 80,  baseado em seu estúdio em São Paulo, atua na fotografia publicitária onde suas imagens recebem a maioria dos prêmios de publicidade brasileiros e estrangeiros, incluindo o Clio Awards e o Leão de Ouro em Cannes.
Em 1998, publica seu primeiro livro: E Entre a Sombra e a Luz, com texto de Antonio Tabucchi seguido de Luz invisível em 2002, com texto de Luís Fernando Verissimo, e que o situa como um dos maiores retratista brasileiros. Coerente com a sua intimidade com a linguagem fotográfica, publica Viagem à Liberdade, um ensaio subjetivo, porem documental, do bairro japonês de São Paulo. Seguem os livros A Marcha da Vida, Jerusalem e Cidade Ilustrada. Suas fotografias foram expostas e pertencem às coleções do MASP, MAM Rio, Pinacoteca de São Paulo e coleções particulares no Brasil e no exterior. 

 

Marcio Scavone é um dos poucos artistas brasileiros com um portfolio consistente multimídia, explorando com excelência livros de fotografia, livros de textos, documentários, filmes e publicidade. 
 

 

“Pense no grande fotógrafo como alguém numa missão de prospectar o nosso mundo atrás de imagens para povoar o seu. Uma missão secreta, permanente, implacável. Se for capturado e interrogado sobre esse mundo para o qual trabalha, Marcio Scavone não poderá revelar muita coisa. Porque ele mesmo não sabe, ou sabe apenas instintivamente, o que procura, o que merece ser captado e publicado, ou transmitido para o seu mundo. Só sabe que encontrou o que procurava através do visor, ou no momento de examinar o contato. Então decide: É esta. Esta merece ser transmitida. Cabe no seu mundo.”

Luis Fernando Veríssimo

 

“Muitas vezes – milhares – me pergunto o mistério que existe por trás do olhar do fotógrafo. Olhamos a mesma coisa e vemos coisas diferentes. Ao olhar a foto dele, tenho outra indagação: se isso estava ali, como não vi? Quando contemplo as fotos de Marcio Scavone, esse enigma se acentua. Essa luz existe ou ele a criou? Pode o fotógrafo criar uma luz que não existe? Não! O que ele pode é transportar para a realidade uma luz que não vemos, mas existe. Está ali, faz parte, mas se oculta. Márcio é como alguns escritores de gênio que deixam espaços vazios, o que querem dizer - e é algo forte - está nas entrelinhas, no que não é dito, parece oculto.”

Ignacio de Loyola Brandão

 

 

Links Relacionados:

The Leica Blog - Marcio Scavone. Exposing the roots of photographs
 

Lens Culture - City Visions. The geography of my mind
 

The Huffington Post - O colecionador de imagems